quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Alentejo Tropical

Embarcamos, na última terça (24), em uma viagem pelo Alentejo, uma das regiões mais importantes de Portugal. Já musicada por Chico Buarque, em “Fado Tropical”, a região ganhou reconhecimento internacional pela qualidade dos vinhos que produz e exporta. O convite para o passeio nos foi feito por Henedida, uma querida amiga de mestrado, e seu marido, José Antônio, que gentilmente se ofereceram para nos guiar por mais uma parte deste país, que tão bem nos acolheu ao longo do ano. É a última viagem que fazemos por Portugal, nessa primeira parte da aventura européia. E fechamos, como diz minha vó, com chave de ouro.

O Alentejo lembra, com o verão em alta, o sertão cearense. São quilômetros e quilômetros de descampados, com plantações e pastos pelo caminho. A diferença ainda está no tom de verde, mais forte, pelas reservas de água acumuladas durante o ano e pelas inúmeras vinícolas. A lembrança do Ceará brasileiro, a viagem de despedida por Portugal, o belo por do sol que pegamos na volta... Tudo deu um clima muito especial para a viagem.

Vimos muitos castelos (são inúmeros no Alentejo), cada um com sua história e peculiaridade, como o Castelo de Monsaraz (foto 1), com grau de conservação e importância para a segurança do país de uma forma diferente. Fomos parar na Espanha, em Olivença (ou Olivenza por lá), uma cidade que já foi portuguesa e está além da fronteira natural do país, que é demarcada por uma longa extensão de água. Curiosamente e devido a uma ponte que foi destruída muitos anos atrás, Olivença perdeu a ligação física com Portugal e passou a domínio espanhol, devido à proximidade que mantinha com o país vizinho. Essa identidade partilhada transformou a cidade, que tem ruas com placas em espanhol e, logo embaixo, referências aos antigos nomes portugueses.

Visitamos a cidade de Évora e o seu Templo de Diana, uma construção romana, que fica no meio da cidade (foto 2); os incríveis cromeleques (foto 3); e ainda comemos um típico cozido alentejano, que se diferencia do feito no restando do país pelo grão de bico ao molho e as carnes com textura mais próximas da nossa feijoada. Um privilégio!

domingo, 15 de agosto de 2010

Colônia - última parada

Entre outras coisas, nossa viagem de junho nos serviu para ter assunto até o dia de hoje neste blog. Isso porque a conversa sobre agosto seria: estudamos, estudamos, dissertamos, depois lemos um pouco mais... Ah, e fomos assistir ao Toy Story 3, que me fez rir muito e chorar mais ainda.

Pois nossa última parada antes de Lisboa foi a cidade de Colônia, na Alemanha. Na nossa logística de companhias low cost era mais barato dar essa passeada extra que sair direto de Viena para Lisboa. A nossa primeira grata surpresa foi o hotel. Aliás, minto, os alemães voltaram a se mostrar muito simpáticos lá. Como é uma cidade mais de "interior" não era assim tão bem sinalizada para a gente com mapas prontos no aeroporto. Mas tinha no hotel. Nosso quarto para quatro pessoas com banheiro relevou-se o quarto na cobertura do hotel, com duas camas de casal separadas por parede, banheiro enorme, varanda e até lareira. Recomendo demais: Hotel Merian. E ainda é barato e fica ao pé da estação de trens.

A grande estrela da cidade é a Catedral Gótica (foto). E minha Nossa Senhora, que catedral! Por mais que se tentasse não era possível tirar uma foto que mostrasse ela toda. Na verdade, o Rogério tirou uma do avião que deu certo. Mas ela é enorme, e muito linda. Colônia é dessas cidades que você percorre a pé tranquilamente. Dali para a cidade velha e o rio é um pulo. Estava lotada, descobrimos que é uma cidade de farra (também). Tem a fábrica de chocolate da Lindt que vende chocolates mais barato que no Free Shop e são maravilhosos. Tem ainda o museu do chocolate nela.

A cidade possui várias ruínas romanas, tinha mais só que com a guerra muita coisa acabou. Perto do prédio da prefeitura, que também é gótico e lindo, estavam fazendo uma super escavação arqueológica (foto 2). Nós ficamos um tempinho vendo os Indiana Jones carregando pedras de um lado para o outro. A Noemi e o Rogério ainda foram explorar mais e se depararam com um desfile de rua com bandinha e tudo e uns portais romanos no meio das ruas. Essas cidades com pedaços de história são muito legais. E depois de tudo isso, retonamos para Lisboa onde nossos companheiros ainda passaram alguns dias antes de voltar para o Brasil. E agora, comecemos as histórias dos últimos momentos Europa em 2010. Que venham novas aventuras!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Danúbio, os palácios e a Sissi

Eis que chegamos em Viena, capital da Áustria. Depois que marcamos a viagem "Danúbio Azul" teve uma intensa temporada aqui em casa. Pois foi o próprio Danúbio, não tão azul como a propaganda lhe faz acreditar, que nos recepcionou na cidade. E ele é tão longo quanto a valsa.

No hostel, conhecemos uma brasileiro de São Paulo, o Bruno, que estava dando uma passeada pela Europa  e se uniu ao nosso grupo. Imponência é a melhor palavra para definir aquela cidade. Muito bonita, mas um bonito gigante, com muitas colunas, prédios enormes. Imponente. Conhecer a cidade a noite já deixou isso marcado. O palácio Hofburg (foto) na verdade é um conjunto de prédios que inclui a Biblioteca Nacional, vários museus, a antiga escola de cavalaria e muito mais.

Visitamos o museu de prataria dos imperadores, os aposentos reais e, claro, o Museu da Sissi. Eu e Noemi encantadas em conhecer a história da mulher que inspirou tantos filmes lindos. Ela era linda, como as princesas de conto de fadas parecem. Mas a história dela é bem triste. Na verdade, se ela não tivesse sido imperatriz sua vida teria sido melhor.

Pois bem, conhecemos as catedrais, os parques e visitamos Schönbrunn (outra foto), o palácio de verão dos imperadores. Também enorme. Tem um jardim zoológico dentro, tem noção? Também tem um labirinto feito de plantas. Bem Harry Potter. E, para alegria da nossa prima que ficou em Fortaleza torcendo por esse encontro, tem vários esquilos pulando entre as pernas dos turistas.


Fomos a um legítimo café vienense (eu tomei um chocolate). A única coisa que não nos caiu bem foi a comida típica de lá. Super pesada e gordurosa, pelo menos o prato que provamos. Ficamos todos meio enjoados depois. O bom foi assistir a um jogo do Brasil na Copa em um bar de lá. Primeiro que passamos o dia andando com as camisas do Brasil e provocando reações em vários cantos. As pessoas paravam e ficavam olhando a gente passar (um homem no metro fez o som da introdução de Aquarela do Brasil). Depois, que quando a Coréia do Norte fez um gol nós descobrimos que o bar inteiro estava torcendo contra o Brasil. Super feio da parte deles. Meu cunhado fez questão de falar bem alto o quanto eles foram péssimos com a gente (mas ele falou em português para não ter problema).


E encantados com a imponência e riqueza da cidade, deixamos Viena e seus palácios e imperadores. Vale demais visitar e curtir a realeza austriaca. Sem contar que as pessoas foram ótimas. O garçon do restaurante que nos atendeu foi procurar na Internet como dizia os ingredientes do prato em espanhol para nos explicar o que era a comida. Nada como gentileza para nos fazer amar um lugar. E aqui um super abraço para o Bruno que foi ótima companhia nesses dias de valsa.